Repensar. Renovar. Recuperar. O cenário é de um mundo que acabou por passar pela maior Pandemia da história. Uma doença respiratória de rápida proliferação e que deixou milhares de óbitos por onde passou. Medidas drásticas foram necessárias para evitar o crescimento das pessoas infectadas, dentre elas o isolamento social e a suspensão de diversas atividades econômicas. Em contrapartida, o Estado teve que intervir diretamente para tentar igualar a balança. Entretanto, em consonância com a crise sanitária, há a realidade de que diversos setores, seja no ambiente privado ou público, foram drasticamente afetados economicamente.
Assim, para o início da retomada econômica, deve-se estabelecer um parâmetro e analisar o Brasil antes e após Pandemia do COVID-19. Analisar cada setor, pessoas, legislações, instrumentos de governo e políticas governamentais fragilizadas com o surgimento da Pandemia. Deve-se focar a análise naquelas esferas econômicas que necessitam da circulação de pessoas, das viagens, do consumo e número de empregos e receitas que, por exemplo, os campos do turismo, entretenimento e arte oferecem para Municípios e Estados. Com isso, repensando o pós-pandemia, ter-se-á uma conclusão de quais setores necessitam de maiores atenções na retomada econômica e o quão importante são na geração de empregos e rendas.
No entanto, certo é que a equalização econômica será lenta e gradual. Novos pensamentos e readequações serão necessárias para enfrentar as dificuldades financeiras dos Municípios e da população. Deve-se aproveitar as descobertas do dramático momento que se passou, renovando a maneira de realizar as relações comerciais, a prestação dos serviços públicos e de outras práticas que influenciem a atividade econômica, tendo como finalidade a economicidade com o mesmo padrão de eficiência. No momento da Pandemia, a tecnologia e o mundo virtual foram enormes aliados para manter as relações entre as pessoas.
Por fim, passado por toda essa estrutura técnica e intelectiva, é hora de recuperar a economia. Políticas Públicas deverão ser utilizadas para auxiliar as atividades produtivas que tiveram um maior impacto com a Pandemia, podendo a Administração Pública se mobilizar, desde já, para incentivar o consumo dos produtos e serviços destes setores, concedendo benefícios fiscais, auxílios econômicos e desburocratização para facilitar e assegurar o reingresso de setores prejudicados com o Covid-19. Além do mais, há de se ter uma atenção especial ao setor da infraestrutura, gerador de empregos por todo o Brasil. Com o advento do Marco Regulatório do Saneamento Básico (Lei n. 14.026/2020), obras e serviços serão necessários por todo o território nacional, gerando emprego, renda e, sobretudo, melhores condições sanitárias à população, tornando mais brando o enfrentamento às situações parecidas com a pandemia do Covid-19.
Dessa forma, todos os agentes públicos devem ter em mente que a tarefa de recuperação econômica será árdua, devendo haver calma, determinação e disciplina para ensejar as mudanças necessárias. Repensar o momento, renovar as políticas públicas e as relações antigas, serão instrumentos primordiais para retomar o crescimento econômico.
João Vitor Comiran