Até que idade os filhos têm direito a receber pensão alimentícia?

Pensão alimentícia

Sumário

Você já deve ter notado que o tema pensão alimentícia é um dos campeões de dúvidas entre os casais separados, e deve ser a dúvida de muita gente, uma vez que a resposta não é tão precisa quanto se gostaria: afinal, é preciso pagar pensão alimentícia até o filho atingir qual idade?

Inicialmente, é importante entender que a idade padrão para cessar o pagamento de pensão alimentícia é 18 anos, momento em que se alcança a maioridade legal. Entretanto, se o filho continuar seus estudos além do Ensino Médio, a responsabilidade de contribuir financeiramente pode se estender por um período adicional.

Conforme determinado legalmente, jovens que frequentam cursos técnicos ou universitários têm o direito de continuar recebendo pensão alimentícia até a conclusão de seus estudos ou até completarem 24 anos, prevalecendo o que acontecer primeiro.

O término do pagamento da pensão alimentícia não é automático

É crucial observar que o término do pagamento de pensão alimentícia não é automático com a graduação do filho ou quando este atinge uma certa idade. O responsável pelo pagamento — o alimentante — deve solicitar judicialmente a finalização dessa obrigação, com a aprovação de um juiz, independentemente da idade do beneficiário.

Portanto, se você contribui com pensão alimentícia para um filho que já é maior de idade, não é permitido interromper os pagamentos por conta própria. Fazer isso pode acarretar as mesmas consequências legais enfrentadas por inadimplentes de pensão alimentícia, incluindo a possibilidade de prisão.

Essa regra se aplica até mesmo em casos em que o filho já ultrapassou 25 anos e concluiu a universidade, por exemplo.

A idade não é um fator decisivo para o direito à pensão alimentícia

Adicionalmente, alcançar uma idade específica não garante automaticamente ao alimentante a cessação do pagamento de pensão alimentícia. Os magistrados também consideram outros fatores, como se o jovem ainda está estudando e sua capacidade financeira de se sustentar.

Por exemplo, se o filho é maior de idade e já concluiu os estudos superiores ou técnicos, pode ser possível encerrar o pagamento da pensão alimentícia antes dele atingir 25 anos.

No entanto, se ele tem 25 anos ou mais, mas ainda está estudando e não possui emprego, o juiz pode determinar a continuidade do suporte financeiro. Situação semelhante ocorre se o filho completou 18 anos e não está estudando ou, por algum motivo, não consegue trabalhar.

É importante notar também que o casamento ou a entrada em uma união estável pelo filho pode eliminar a necessidade do pagamento da pensão alimentícia.

Dessa forma, a partir dos 18 anos do beneficiário, o alimentante tem a opção de solicitar judicialmente o fim do pagamento da pensão, mas cada caso é analisado individualmente, levando-se em conta a situação financeira das partes envolvidas.

Por fim, mesmo que seja determinado que a pensão alimentícia deve continuar sendo paga ao beneficiário maior de idade, isso não implica que os valores permanecerão inalterados. 

As circunstâncias financeiras de ambas as partes podem levar a um ajuste no valor da pensão, possibilitando a negociação de um montante reduzido, por exemplo, se o filho iniciar um estágio ou se a renda do alimentante diminuir ao longo do tempo.

A importância de contratar um advogado especialista em Direito de Família

A contratação de um especialista em direito de família torna-se crucial quando um genitor deseja cessar o pagamento de pensão alimentícia ao filho que atinge a maioridade, aos 18 anos. Isso se deve à complexidade e às nuances legais envolvendo a obrigação alimentar, que não termina automaticamente com a maioridade do beneficiário.

O direito de família é uma área do direito que lida com questões delicadas e profundamente pessoais, exigindo não apenas conhecimento jurídico específico, mas também sensibilidade e experiência para navegar nas questões emocionais e financeiras envolvidas.

Um advogado especializado pode avaliar adequadamente as circunstâncias individuais do caso, incluindo a capacidade financeira do alimentante, as necessidades do alimentado e se este último está cursando ensino superior ou enfrenta alguma condição que justifique a continuação do suporte financeiro.

Além disso, o processo legal para a cessação da pensão alimentícia requer a apresentação de uma ação judicial adequada, na qual o especialista em direito de família desempenhará um papel vital. Ele será responsável por elaborar e apresentar os argumentos legais necessários, representar o genitor em audiências e negociar acordos, se aplicável.

Esse profissional também orientará o cliente sobre as melhores estratégias legais a serem adotadas, considerando as leis estaduais e federais pertinentes. Sem a orientação adequada de um especialista, o genitor pode enfrentar desafios legais significativos, incluindo a possibilidade de continuar a pagar a pensão indevidamente ou de ser envolvido em litígios prolongados.

Portanto, a expertise de um advogado especializado em direito de família é indispensável para garantir que a transição para a cessação da pensão alimentícia seja conduzida legalmente, protegendo os interesses de todas as partes envolvidas.

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