A existência de uma crise ambiental, concatena com a vasta e incontrolável destruição da biodiversidade a nível mundial, a poluição desenfreada de solo, mares e rios une ações que direcionam a reações avassaladoras como as evidências observadas nas mudanças climáticas a nível do globo.
A teoria da ecologia de doenças surge dessa visão, onde as relações entre meio-ambiente e seres humanos, são indissociáveis, e quando ocorre uma ruptura desse processo, abre-se margem para o surgimento de doenças emergentes e reemergentes. Porém, precisamos evoluir no pensar da teoria da ecologia de doenças e passarmos a pensar como unidade, somos feitos de uma tríade entre saúde humana, saúde animal e saúde ambiental, ou seja, Saúde Única. E com toda certeza, sem sombra de dúvidas o surgimento do novo coronavírus, está relacionado a quebra da homeostase dessa tríade, a quebra do viver em Saúde Única. Entendendo a importância de um equilíbrio, com u olhar mais crítico, o pós pandemia, e os desafios em especial do Agronegócio a produção de grãos no desafiador mercado internacional.
E, quais as tendências: É importante que possamos fazer uma afirmativa no sentido de que o mercado Brasileiro retomará p seu crescimento no mercado Agro, mais rapidamente, reduzindo as consequências negativas do seu setor, ou seja, o uso de tecnologia no campo e um conjunto de informações adequadas pode ser um grande aliado. Conhecer os dados do mercado, estar bem assessorado poderá ser a diferença na tomada de decisão dos produtores rurais.
O Brasil já tem recuperado o seu espaço no mercado internacional das exportações de produtos agrícolas, a China tinha diminuído as exportações durante o pico da crise do COVID-19 em seu país, mas contratos já foram retomados com todos os países asiáticos, o que tem refletindo um bom desempenho na exportação brasileira. A produção das commodities brasileiras, foi pouco afetada a curto prazo, a soja já foi colhida, o milho no mesmo desempenho, tendo em vista a mecanização e uso de tecnologias nas lavouras. O desempenho se deve muito aos investimentos na produção e na exportação, o que melhora a perfomace do Brasil como um grande exportador de grãos e carne de alta qualidade, o que leva os compradores a formarem um processo de acreditação junto aos produtores rurais brasileiros.
O que deverá ser analisado daqui para frente é a diminuição da renda da população com o poder de compra e consumo e o dólar alto, o que para a safra 2021, poderá dar um desconforto na compra de defensivos agrícolas, bem como, a renovação da frota mecanizada nas lavouras. A mudança no consumo a longo prazo terá como consequência a baixa dos preços para alguns produtos, em especial para o abastecimento do mercado interno, o que não poderá afetar as exportações no mercado externo.
Por fim, devemos acreditar no Agro forte, ou seja, o que tem segurado a economia em diferentes crises e, em especial da força do produtor rural no enfrentamento ano a ano de questões climáticas, econômicas e de saúde.
Prof. Rodrigo Berté
Ph.D